“Há mais ou menos 50 dias ouvi de uma pessoa admirável, o @geraldo.foscaches, algo que me marcou profundamente: “Perdoar é deixar de ressentir (sentir de novo e de novo) e cessar esse movimento interior de buscar respostas que você não vai encontrar.” “Por que foi que fiz aquilo?” “Por que essa pessoa fez isso comigo?” “Mas isso precisa ter um desfecho!” A gente nunca pensa em quanto a falta de perdão (para si e para os outros) nos trava. Mas esses pensamentos e essa culpa em looping no nosso subconsciente, agem como um programa rodando em segundo plano num computador, roubando nossa nossa paz, energia, memória. Eu posso dizer que quase me tornei um especialista em travas, pois elas me faziam companhia há anos. Desde que eu era criança, meu vô Tico dizia que eu “corria com o freio de mão puxado” (até coloquei isso numa música) e sim, ele tava certo. Foi nesse papo com o Geraldo que expus esses breques e mergulhamos fundo. Me ajudou a dar permissão pra ele soltar o freio e abandonar as perguntas que não precisam de respostas. E aí, com o passar dos dias até aqui, fui abandonando mágoas, amarras e revendo a minha postura frente aos fatos. Sinto que depois da conversa que tivemos, aquilo que se lê nos Atos dos Apóstolos sobre São Paulo me vestiu bem: “E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou de imediato a vista.” Tô nesse exato momento vivendo o processo. Firmemente intencionado e não caminhar mais com rancores na bagagem.”